Da história às belezas naturais – Turismo em Tijucas do Sul
Da história às belezas naturais – Turismo em Tijucas do Sul
Tijucas do Sul teve início nas décadas que sucederam ao descobrimento do Brasil. A região, serviu como ponto de ligação direta entre Curitiba e São Francisco do Sul – com o chamado Caminho dos Ambrósios.
Ainda no século XIX, Tijucas do Sul foi palco da Revolução Federalista de 1893, considerada a guerra civil mais violenta do Brasil. Os combates na Vila de Tijucas do Sul duraram cerca de 8 dias e juntamente com a resistência da cidade da Lapa foram decisivos para a vitória dos legalistas e a consolidação da República recém instalada.
A emancipação político-administrativa aconteceu em 1951 com a criação do município de Tijucas do Sul. A denominação do município foi dada em virtude da existência, no local, de lamaceiros formados pelo barro preto, que os indígenas locais chamavam de tijuca.
Com cerca de 16 mil habitantes, sua economia baseia-se na agropecuária com destaque para a produção de milho, batata inglesa, soja, feijão, agricultura orgânica, cogumelos champignon, morangos além do extrativismo de argila, caulim, madeiras e erva mate. A industrialização embora incipiente, vem aos poucos se materializando no município. A grande beleza da região com as nascentes do Rio Negro e do Rio da Várzea, a existência de diversas cachoeiras, serras, vales e represas, o clima e a paisagem subtropical propiciam a criação de cavalos de diversas raças e favorecem o turismo rural e ecológico.
O município foi escolhido pelo artista plástico, Sergius Erdelyi, de origem austríaca, para ser sua residência. Este passou a morar, em Tijucas do Sul, desde meados dos anos 1970, onde deixou um legado com mais de 4.000 obras catalogadas e registradas. Sendo que várias das obras estão distribuídas em igrejas, capelas, locais públicos e museu.
Um evento muito procurado pelos tijuquences é a Feira de Rua, que acontece todos os meses. Possui praça de alimentação, artesanatos e produtos coloniais, caseiros, convencionais ou orgânicos.
Atualmente existem, além de outras caminhadas, 4 roteiros permanentes: Circuito Cachoeiras do Saltinho, Circuito Orgânicos da Serra, Caminho dos Ambrósios e Circuito do Cogumelo Champignon. As caminhadas proporcionam aos visitantes a oportunidade de conhecer as belezas cênicas e de adquirir produtos e artesanatos do município.
Referências Bibliográficas
Boletim do Instituto Histórico Geográfico e Estratégico Paranaense. Volumes XXII, XIX, Editora Mª Cavalcanti, 1973, 1974.
COLNAGHI, Maria Cristina. São José dos Pinhais: a trajetória de uma cidade. Curitiba: Editora Prephácio, 1991.
Histórico da Paróquia Nossa Senhora das Dores. Tijucas do Sul.
LALLEMANT, Robert Avé. Viagens pelas províncias de Santa Catarina, Paraná e São Paulo (1858). São Paulo: Editora Itatiaia, 1980.
LEÃO, Ermelino de. Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná. Curitiba: IHGEP, 1994.
MOREIRA, Júlio Estrela. Caminho das Comarcas de Curitiba e Paranaguá. Curitiba: Imprensa Oficial, 1975.
Relatório da Agência dos Correios do Distrito de Ambrósios. Tijucas do Sul.
TJABBES, Pieter. Sergius Erdelyi Experiment Art. Volume 2. São Paulo: Editora Art Unlimited, 2015.
Caminhadas Internacionais da Natureza. Disponibilizada pelo site: http://www.emater.pr.gov.br. Acesso dia 18 de junho de 2018.
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