Prefeitura Municipal de
Tijucas do Sul
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TBT Tijucas do Sul

Que tal um pouco da História do nosso município contada por vocês, cidadãos?

PRIMEIRA ESCOLA DA COMUNIDADE
 
Texto cedido gentilmente por Valdine Kramar, extraído do seu Trabalho de Conclusão de Curso Superior.
 
A primeira escola da comunidade surgiu no ano de 1974, com o objetivo de alfabetizar as crianças. Naquela época, um dos primeiros moradores, o já citado Sr. Paulo Kramar, pessoa bastante atuante, foi atrás das autoridades do município para trazer uma escola para a localidade, a fim de dar uma educação para seus filhos.
 
Como na época não haviam professores formados, o prefeito do município perguntou se o Sr. Paulo conhecia alguém que fosse alfabetizado para que pudesse desempenhar essa função, e o mesmo sugeriu uma de suas filhas, que tinha o ensino primário (na época, a 4° série, equivalente hoje ao 4° ano).
 
A escola começou a funcionar, de maneira improvisada, nos fundos da casa do Sr. Paulo. Pouco tempo depois a prefeitura construiu uma pequena sala nas proximidades da casa e a escola recebeu o nome de Escola Rural Municipal Ney Braga.
 
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Segundo relatos do Sr. Antonio Evaldo Kramar, filho do Sr. Paulo Kramar e um dos primeiros alunos da escola, a sala de aula era de madeira e bem pequena, mas tinha quadro e algumas carteiras velhas. Não havia energia elétrica, e nem água, e os próprios alunos buscavam água para tomarem, em uma nascente há uns 200 metros dali. Também não tinha banheiro, nem lanche na escola, por isso os alunos tinham que levar comida de casa ou comiam pequenos frutos que davam ali na região mesmo.
 
Depois de algum tempo, a própria professora passou a fazer os lanches para os alunos. Como havia apenas uma sala, a turma era segmentada, com uma média de 20 alunos de idades diferentes, que precisavam de aprendizados específicos. Era natural que diante desse quadro geral, os problemas educacionais não eram poucos, mas mesmo assim, a escola foi desempenhando suas funções.
 
Segundo a entrevista realizada com a Sra. Tecla Kramar, cinco anos mais tarde, em 1979, a Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul construiu outra pequena escola no bairro, que comportava um número um pouco maior de alunos, e estava um pouco melhor equipada de forma a atender mais adequadamente os alunos e proporcionar uma educação de melhor qualidade. A escola funcionou lá até o ano de 1997, quando por falta de alunos e de condições financeiras passou pelo processo de nuclearização e posterior fechamento. A partir daí os alunos passaram a frequentar a Escola Rural Municipal Tomé de Souza, na comunidade vizinha.
 
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CARTAZ DE PROPAGANDA ELEITORAL DO PRIMEIRO PREFEITO DE TIJUCAS DO SUL
 
Apesar de se constituir região povoada, a Vila de Tijucas só foi elevada à categoria de município em 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual n.º 790. O território foi desmembrado do município de São José dos Pinhais e a instalação oficial deu-se no dia 14 de dezembro de 1952.

Na Lei Estadual nº 790, de 14 de novembro de 1951, Tijucas do Sul compreendia dois Distritos: Agudos do Sul e Tijucas do Sul. O desmembramento com Agudos do Sul aconteceu através da Lei Estadual nº 4245, de 25 de julho de 1960.

O primeiro Prefeito eleito na cidade, foi João Claudino Machado, que exerceu a função de 1952 a 1956, e posteriormente de 1961 a 1964.

Foi o fundador do prédio que até hoje abriga a Prefeitura Municipal, o qual foi inaugurada em 09 de dezembro de 1956, ao término de sua primeira gestão.

Seu Janguta, como era chamado, foi o precursor de nossa política municipal, e que com máximo respeito devemos reverenciar sua história para com a nossa cidade.
 
TBT Tijucas - João Claudino Machado
 
 
O TIGRE
 
NOTA: Destacamos apenas o caráter histórico desse evento, agora parte do nosso passado, que serve como um lembrete de como práticas cruéis e a falta de compreensão sobre a preservação da vida animal eram comuns.

É importante destacar que não compactuamos com maus-tratos a animais, seja no passado ou no presente. A conscientização sobre a preservação da vida silvestre e o respeito pelos direitos dos animais são fundamentais para que possamos construir um futuro mais justo e sustentável.

 
Trecho retirado do livro "Campestre: Um lugar que tem história", de Claudemir Pereira da Rocha.

Foi próximo ao final do ano, quando um tigre apareceu e permaneceu em Campestre por quase um mês, alimentando-se de leitões, ovelhas e cachorros. Foi preciso chamar alguns caçadores para ajudar.

No primeiro dia de caçada, estavam presente 16 caçadores, muitos desistiram ficando até o final quatro, Donato, Pedro Alcindo de Melo, João Nenevê e Antonio Eunadir Telma, (Didi).

O tigre desceu a serra em direção ao Salto da Boa Vista, depois se dirigiu para Cangoéra, onde estavam os caçadores à sua espera.

Foi no dia 05 de novembro de 1965 que o felino teve seu fim. Todo furado de balas, o tigre demorou a morrer. O jovem Didi aproximou-se, para certificar-se de que a fera já estava morta, quando então ela virou-se e o agarrou. Seus companheiros correram ajudá-lo e terminar de matar o tigre com um facão. Contudo, Didi perdeu alguns dedos e sofreu muitos arranhões. Mas não há dúvidas de que os caçadores foram grandes heróis.

O tigre morto pesou 105 kg, foi carregado num caminhão que desfilou pelas estradas da região, para que todos os moradores pudessem ver aquele mamífero carnívoro, que causou tanto medo e prejuízo.

Pedro Alcindo de Melo, morava na comunidade de Postinho, ele arrancou uma das unhas do tigre para guardar de lembrança. Como matou outros tigres, recebeu o apelido de Pedro Tigre.
 
TBT Tijucas do Sul - Tigre